Uso racional do tempo

                Um dos desafios da humanidade contemporânea encarnada na Terra é, sem dúvida, saber fazer uso racional do tempo.

                Ouvimos por toda parte pessoas reclamando “que não têm tempo para nada”, o que expressa um sofisma.

                O desenvolvimento tecnológico acabou por derrubar as fronteiras dos países e permitir a comunicação cada vez mais fácil e rápida, em tempo real, entre as pessoas e, ainda, facilitou e democratizou o acesso a todo tipo de informação, o que até então era privilégio de poucos.

                Paradoxalmente, quanto mais rapidez nos processos comunicativos e na dinâmica de vida, mais as pessoas reclamam a falta de tempo, sem se darem conta que tais mecanismos também demandam grande quantidade de tempo para serem utilizados.

                Os Espíritos Superiores, através do irrepreensível trabalho organizado por Allan Kardec, dizem que o progresso material e intelectual da humanidade precede sua evolução moral e espiritual.

                Sendo assim, podemos refletir juntos e deduzir que na medida em que as pessoas forem desenvolvendo-se na escala do conhecimento, estarão edificando as bases de uma próxima etapa: o desenvolvimento espiritual do Ser!

                E, nesse contexto, é possível aprender a usar melhor o tempo, selecionando prioridades, ações e fazeres.

                Tempo para o conhecimento e aperfeiçoamento de si mesmo.

                Tempo para a convivência e aprendizagem familiar.

                Tempo para a busca da verdade e dos valores espirituais, no seio da religiosidade.

                Tempo para educação da mente e do coração;

                Tempo para alimentação adequada, esportes e atividades físicas, que sustentam a saúde do corpo.

                Tempo para o relacionamento social, contribuindo para o progresso coletivo das comunidades.

                Tempo para o descanso, o lazer e a cultura, para que a organização fisiológica não pereça pelo desgaste precoce da vitalidade.

                Ou seja, devemos fazer uso racional do tempo, como há muito já ensinaram os dirigentes da humanidade “há tempo para todo o propósito debaixo do céu”[1].

                Saibamos ainda, que na pós-modernidade em que vivem os encarnados, há um tipo de influência obsessiva muito mais comum do que se imagina: Os adversários têm estimulado a assunção de muitos “compromisso” que consomem grande parte do tempo, que poderia ser utilizado de forma útil e construtiva, mas, que acaba sendo gasto para tentar justificar a inércia, o comodismo e a futilidade.

                Quanto tempo está sendo gasto inutilmente diante dos televisores, dos computadores, dos jogos e demais atividades vazias de conteúdo espiritual?

                Irmãs, irmãos, todos aqueles que estão ainda vinculados à relatividade do tempo e do espaço, devem utilizar com sabedoria cada momento de suas vidas, uma vez que cada experiência é patrimônio que constituímos para nós mesmos, pois somos frutos de nossa própria atividade.

                Não percamos tempo!

                Sejamos operários do Bem, agora e em todos os momentos, pois eles são bênçãos de Deus para o nosso progresso.

Augusto

(Mensagem recebida no dia 06.02.2012, no Centro Espírita Amor a Verdade, por Luciano Alencar da Cunha)